Prepare-se agora para entrar no mundo dos graves, pois esse artigo traz 12 diferentes tipos de baixo para você conhecer! Antes disso, vamos a uma breve introdução.
Os baixos são instrumentos fundamentais em qualquer estilo de música. Do italiano contrabasso, o termo contrabaixo denomina os instrumentos que emitem notas graves, pelo menos uma oitava abaixo dos demais instrumentos em uma banda (ou orquestra).
Desde o século XVII, eles são responsáveis por criar uma base consistente para a música, ligando a bateria aos instrumentos melódicos, definindo a harmonia e acrescentando profundidade e groove à performance musical.
Para começar: baixo ou contrabaixo?
A princípio, você pode usar as duas formas para denominar o instrumento. Mas há uma divisão básica e convencional: se o instrumento é elétrico, chamamos de baixo, e quando ele é acústico, de contrabaixo. Certamente existem outras diferenças entre eles e adiante você vai entender um pouco mais sobre isso.
Conheça 12 tipos de baixo
Os baixos podem variar de forma, tamanho e sonoridade. Por exemplo: existem instrumentos realmente grandes, outros portáteis, temos tanto baixos acústicos, quanto elétricos e, ainda, semiacústicos.
A escolha do tipo de baixo, sem dúvida, dependerá do seu estilo musical e de suas preferências pessoais. Assim sendo, vamos conhecer alguns dos tipos de baixo usados na música.
Baixo Acústico (Rabecão)
Esse é o primeiro baixo da história! O baixo acústico surgiu no século XVII e era tocado com um arco, da mesma forma que um cello. Ele é uma variação da rabeca, o precursor do violino, só que maior e com sons mais graves. Nas orquestras sinfônicas e no jazz ouvimos o baixo acústico, assim como em outros estilos como o rock – especialmente nos subgêneros rockabilly e psychobilly.
Upright Bass (Double Bass)
Ele é como uma evolução do baixo acústico. Igualmente vertical, tem tamanho grande, o corpo oco e o braço longo. Você pode tocar com os dedos ou com um arco. Ouvimos esse instrumento na música clássica, no jazz assim como em alguns estilos de música folclórica.
O upright bass pode ser tanto elétrico (sem caixa de ressonância) quanto acústico e é possível encontrar modelos de 4, 5, 6 ou até 7 cordas. A afinação é padrão: E1, A1, D2, G2.
Baixolão
Esse é um tipo de baixo que se parece com um violão – e portanto as pessoas confundem bastante! Isso porque ele possui o formato do corpo de um violão.
O baixolão foi criado nos anos 70 e é uma ótima opção para fazer um som acústico em banda, especialmente para estilos como pop e rock.
Os modelos usualmente possuem 4 cordas na afinação padrão (E, A, D e G), embora seja possível encontrar baixolões com 5 ou 6 cordas.
Baixo elétrico tradicional
O primeiro baixo elétrico foi criado por Leo Fender, na década de 1950, nos EUA. E sabe por que ele o criou? Porque os baixos acústicos eram muito grandes e difíceis de carregar!
O instrumento logo de popularizou entre os músicos. O baixo elétrico possui o corpo sólido, 4 cordas (afinação E, A, D e G) e você pode tocá-lo usando os dedos ou uma palheta. Uma imensa variedade de gêneros musicais, desde rock, pop e jazz até funk e metal, adotou o baixo elétrico.
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Baixo elétrico de 5 Cordas
Sua estrutura é similar à do baixo de 4 cordas: a diferença está na corda extra. Normalmente é uma corda mais grave (B), que adiciona uma extensão mais grave à faixa tonal do instrumento. Os baixos de cinco cordas são populares em estilos como rock, metal e funk.
Baixo elétrico de 6 Cordas
Assim como no baixo de cinco cordas, aqui há cordas adicionais. O objetivo é, da mesma forma, ampliar o espectro tonal do instrumento – com uma corda mais aguda e outra mais grave em comparação ao baixo elétrico tradicional.
A afinação do baixo de 6 cordas é B, E, A, D, G, C. O baixo de seis cordas é utilizado em gêneros como metal progressivo, jazz fusion e música experimental.
Baixo de 8 cordas
Ao contrário do que você pode imaginar, não é um “exagero”. O baixo de 8 cordas possui cordas de curso duplo, ou seja, o músico toca duas cordas simultaneamente.
Esse instrumento é inspirado nos violões de 12 cordas e a criação é do músico e engenheiro Eric Krackow.
Sua afinação é padrão e as duplas de cordas possuem afinação uma oitava acima: eE-aA-dD-gG. As cordas mais agudas ficam acima das mais graves, e isso ajuda na tocabilidade.
Baixo de 12 cordas
Esse é um experimento interessante. O princípio é o mesmo do baixo de 8 cordas, mas aqui há grupos de 3 cordas, afinadas em E, A, D e G. As cordas adicionais dos grupos possuem afinações uma e duas oitavas acima.
O baixo de 12 cordas pode ser usado em diversos estilos. Conhece a música “Jeremy” do Pearl Jam? Sua introdução é tocada com um baixo de 12 cordas.
O baixista do Cheap Trick, Tom Petersson, é um grande entusiasta do baixo de 12 cordas. Esse instrumento é ótimo, por exemplo, para preencher o acompanhamento de bandas com apenas um guitarrista.
Baixo Fretless
Trata-se basicamente de um baixo sem trastes no braço. Trastes são aquelas divisões metálicas que separam as casas que indicam as notas. Por esse motivo, é um instrumento mais difícil de tocar, já que não há referência para o músico de onde estão as notas.
Por outro lado, o fato de não possuir trastes permite uma maior flexibilidade de tom e possibilita a execução de notas deslizantes (slides) suaves entre os tons. A sonoridade fica mais fluida, mas é preciso tomar cuidado para não errar a nota e soar desafinado.
Os baixos fretless são comumente usados em jazz, fusion e música latina.
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Ukulele Baixo (U-bass)
O ukulele bass, também conhecido como U-Bass, é um instrumento de cordas semelhante ao ukulele, mas com uma escala maior e uma afinação mais baixa.
Geralmente possui quatro cordas, afinadas exatamente como um baixo elétrico. Isso faz com que o ukulele bass seja tocado como um baixo convencional. É um instrumento acústico, mas pode ser equipado com um captador para amplificação.
Seu tamanho reduzido e sua entrega sonora rica e encorpada fazem dele uma boa opção para viagens. O U-bass é usado em uma grande variedade de estilos, desde o jazz até o reggae.
Baixo Multiescala (Fanned)
Fanned, multiescala, multiscale bass ou baixo com escala inclinada são os nomes que definem um baixo que apresenta uma configuração de escalas variadas para cada corda.
Ao contrário dos baixos convencionais, nos quais todas as cordas estão na mesma escala, aqui há escalas mais longas para cordas mais graves e escalas mais curtas para cordas mais agudas.
Isso oferece uma melhor entonação e tensão das cordas, especialmente nas cordas mais graves, já que nelas a vibração é maior.
A disposição das escalas também segue a anatomia natural da mão e dos dedos, permitindo uma técnica de execução mais confortável e uma resposta mais equilibrada do instrumento.
O baixo fanned exige um período de adaptação para músicos acostumados com baixos convencionais.
Baixo Piccolo
Por fim, temos o baixo piccolo. Ele é consideravelmente menor do que o tradicional. Ou seja, seu corpo é mais compacto e sua escala, mais curta. Normalmente possui quatro cordas, afinadas como as cordas mais graves de uma guitarra – uma oitava acima da afinação do contrabaixo.
Ele possui uma sonoridade mais próxima da viola de arco do que do contrabaixo, com um timbre característico e brilhante. Sua escala mais curta facilita a tocabilidade.
Além desses 12 tipos de baixo que trouxemos nesse artigo, você encontrará diversas outras variações e invenções de instrumentos de cordas com sons graves. Existem baixos de escala curta, semiacústicos (hollow body), baixos com trastes luminosos (glow-in-the-dark) e muito mais!
